SAUDADE

Foi-se enquanto em nada

O que pudera ser

Na vida em pleno eu viver

Cantados, semeios

Portanto, nas mesmas

Enquanto estejas

É verdade

Não há de querer

Nem poder

Eu sou pálido

Pávido, enxuto

Em rosto justo, despunho

Ah! Que na quimera

Venhas, por nada

Onde estivera

Sublime, as ondas

E vais ao centro

Varrer o esquerdo

Tão certeiro, quanto meio

O desejo profundo do peito

Renata Souza
Enviado por Renata Souza em 19/03/2008
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