O Anjo Caído

O Anjo Caído

O anjo caiu em terra

E de puro se profanou

Tem carne, pudor sangue e desejo,

Têm tudo aquilo que me encantou.

Agora o anjo é gaudério

E toma no arco chimarrão,

Espera o crepúsculo ao som de violão

Fazendo melodias na saudade e no adultério;

Vai a shows de "Metal" e bossa nova

Ver seus ídolos em donzelas de ferro

Aprisionando seu passado viajante

Em sua metamorfose eterna e paradoxal.

O Anjo agora é caído

Não sabe se tem espaço no céu

Virou gente com asas invisíveis

E sem dinheiro para pagar o motel.

(Rafaela Duccini - 28/3/2008)

* Peço desculpas pela falta de classificação do poema, pois realmente não soube colocá-lo só em um critério, pois além de social e irônico, possui também uma pitada de humor. Mas desde já, agradeço a compreensão de todos.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 28/03/2008
Código do texto: T920750
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.