ESTRADA TURVA

E a estrada torna-se sombria e escura,
sou criança e nas curvas tenho medo,
não vejo céu e nem luar de brigadeiro,
estrelas esconderam-se em noite nua.

Desatenta, não vejo do túnel, o fim...
Sou borboleta com as asas feridas,
nem flores ou aves sorriem pra mim...
estou perdida, tão triste, sem guarida.

Não dá para ser somente otimista,
a existência prega peças no caminho.
Preciso cicatrizar as lesões da vida.

Necessito de cor azul, estar vestida...
Olhar o horizonte e vê-lo iluminado,
harmonizar-me no amanhã e na poesia.

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 29/03/2008
Reeditado em 02/04/2008
Código do texto: T922486