Segundo sentido

Perfume de rosas

Azaléias e folhas

Regadas do orvalho misterioso da noite

Cheiro de fogo

Fumaça levanta

Os olhos irrita, à mente também...

Perfume que exala

Do cabelo, da blusa

De quem me quer bem

Cheiro de chuva

Que chacoalha meus pensamentos

Ou me faz adormecer

Cheiro de pó

De coisa guardada

À tempos varrida, me faz espirrar

Perfume cafona

Que a avó sempre usa

Mas que nos acolhe como ninguém

Sentido especial

Esse tal de olfato

Que não vê, mas faz ver

Que não come, mas atiça o paladar

Que não toca, mas nos faz lembrar

E sentir.

Carol Porne
Enviado por Carol Porne em 29/03/2008
Código do texto: T922550
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