SOU DO REAL O ANTEPARO!

Sou da vida a sombra que segue,

Sem saber qual caminho é o itinerário...

Sem perguntar se naufraguei ou submergi;

Se é importante sonhar, ou deixar-se amar...

Se sou real, ou vivo na realidade da poesia,

Já não é mais importante este indagar...

Na vida sou o anteparo do real...

Sem cogitar se penso, ou me deixo agir...

Navego, sem medo dos icebergs,

Mesmo quando se mostram as geleiras para mim...

Vou em frente, sem roupagens, que agradam,

Sem semblante pintado, ou maquiado para amar...

Se na pele me afloram os sinais de um tempo nato,

Nas estrelas conservo a tradição de meu olhar...

Olho para cima e sigo para frente...

É inconseqüente meu modo de viver?

Quem sabe, talvez o seja, a mim não importa...

Se a porta que procuro é a morada do amor...

Sou real ou ilusão de um sonho de verão...?

Será, ou me prendo em padrões, que não entendo...

Tudo é possível, tudo é real, tudo é banal...

Só o amor é importante, só ele mostra a face pura;

Como se tortura a alma, sem necessidade imperial...

Por isso, eu venero a ilusão solta no vento,

Quando se faz presente um desejo, uma paixão...

Devemos vivê-los, como se fosse o último momento,

Devemos saber perdurar em nós a inquietude sem razão!

Às 22:33 hs do dia 01/04/08.

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 01/04/2008
Código do texto: T927073
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