***Espartacus

Devoram-se em vão míseros seres em abutres pensamentos do caos,

seguem afoitos no desabrochar das dores infindas de tudo o que na verdade são.

Carregam em si a morte em claustros de esperanças jogadas ao léu,

tingindo o solo que pisam no rubro vermelho do sangue que carregam nas mãos.

Proclamam o verbo escrito nos atos apócrifos dos que pensam existir,

já não são, foram sonhos desfeitos no limiar de nova era.

Buscam em si por sombras hipócritas do novo que persiste em surgir

e em brados desfalecem no porvir dos que pensaram um dia sustentar essa espera.

Fogem os bravos em dizeres insanos prostituídos por difames crenças

dando adeus a passados mascarados de vida envelhecida.

O novo abraça o velho no leito dos amantes imbuídos em desavenças

entregando-se ao desconsolo dos sóbrios nos átrios justos da paz vencida.

Vem o novo aconchegar o velho na espera dos que buscam refugio,

em sonhos vestidos de morte abraça a vida dos que pensam existir...

Coexistem dores e lamentos à vida nem sempre vivida;

Tudo é caos onde a ordem jamais há de vir.

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***ESPARTACUS

A rebelião de escravos encabeçada por Espartacus conseguiu sacudir a poderosa Roma numa época em que a escravidão constituía a base do sistema econômico do império e da organização social romana. Espartacus nasceu na Trácia, região situada ao norte da Grécia, no princípio do século I a.C. Era pastor e, capturado pelos romanos, tornou-se soldado do império. Desertou, mas foi novamente preso e vendido como escravo em Cápua, no sul da Itália, ao proprietário de uma escola de gladiadores. No ano 73 a.C. fugiu com um grupo de companheiros e refugiou-se no monte Vesúvio, para onde convergiram outros escravos fugitivos. Espartacus chegou então a formar um exército numeroso. Depois de conseguir duas vitórias sucessivas contra os romanos, o exército de escravos percorreu o sul da Itália e empreendeu o caminho até os Alpes com a intenção de escapar do território controlado por Roma. Os noventa mil homens que seguiam Espartacus enfrentaram de novo as tropas romanas e alcançou vitórias retumbantes no ano de 72 a.C. Afastados, porém, das fontes de suprimento e pressionados pela fome, decidiram regressar ao sul e instalaram-se na Lucânia. Ali, oito legiões romanas sob o comando de Marcus Licinius Crassus puseram fim à sublevação. Espartacus morreu em combate em 71 a.C. Cnaeus Pompeius venceu os que fugiram para o norte e Crassus fez crucificar seis mil prisioneiros na via Ápia.

Fonte: http://www.nomismatike.hpg.ig.com.br/RepRomana/Espartacus.html

Aisha
Enviado por Aisha em 02/01/2006
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