Empregadinho!

Fez da curva do tempo uma lágrima,

Madeira corada na falta que faz,

Tira da boca mais do que bem pode,

O pouco que entra para arrumar a vida,

O relógio aponta muito além do horário,

Conversas cansadas por tempos difíceis,

Até se espantam para quando se diz não,

Como se o sim fosse a única prerrogativa,

Não sentem na pele a força da solidão, não,

Mal enxergam aquilo que de fato se precisa,

Ah! A minha vez pode esperar, sempre espera,

Como se a obrigação é por esperar mesmo,

Não seja apressado, é o que se escuta,

Você quer tudo na hora, quando se insiste,

A possibilidade de abrir a porta cria um pânico,

De primeira, pensam: você não vai mais me ajudar,

Quem vai fazer as suas coisas agora, e...

Mas, espera ai, não estão esquecendo nada,

O amigo do Zorro também tem vida própria,

Guardadas as devidas proporções, um caminhão de contas,

Também, um certo gosto por diversão & descanso,

Ah! Sim, você é apenas um...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 07/04/2008
Reeditado em 30/10/2008
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