CONDENADO AO SUBLIME

Amarás! Com a resistência das resinas

respiradas e aspiradas na eternidade,

como no verso do poeta que muito amou...

Tomarás o brilho alheio e cegarás,

andarilho de ruas sem saída e começo...

Não descansarás! Dormirás ao relento!

Horas contadas, estrelas caídas, treme,

pois que a mão deslizará apenas uma vez,

uma única vez em toda a existência...

Come as horas, rouba estrelas, teme,

pois que ao tocar os cabelos da amada

guardarás do momento a liga física!

Prisioneiro do ato, tudo se transformará.

Alma comprometida na carne e sentidos...

Desfigurado, absorto em outro, seguirás!

betina moraes
Enviado por betina moraes em 08/04/2008
Código do texto: T936911
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