SE EU FOSSE O SOL

Se eu fosse o sol,

queimaria não só as impurezas existentes

como queimaria os sentimentos profanos das criaturas.

Não aceitaria que os maus matassem as suas vítimas.

Não aceitaria que os patrões maltratassem os seus empregados

e nem que os empregados faltassem com o seu dever.

Se eu fosse o sol,

ofuscaria o olhar dos maus.

Não deixaria que eles apagassem o olhar dos bons

e não permitiria a multiplicação dos maus.

Se eu fosse o sol,

varreria da face da Terra os sádicos

ainda seria piedosíssimo com eles

levava-os para bem próximo do calor máximo

e, se não se tostassem, se purificariam.

Ó sol,

faze como a vela dos filtros

deixa, apenas, o limpo mais limpo e cristalino.

Ó sol

lança os teus raios sobre todos nós

com intensidade profundíssima como tu és

não permitindo a propagação do mal.

Solve, ó sol,

a essência mais bendita

e que ela se propague, eternamente,

conservando o sossego dos que são de paz

Transforma, pois, beneficamente,

os contrários desta paz!

Teresina, 07 de agosto de 1981.

(Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 28.)

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Francisca Miriam
Enviado por Francisca Miriam em 13/04/2008
Reeditado em 08/01/2011
Código do texto: T943499
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