IMPLÍCITA

Vivo um momento

que sempre sonhei:

o desejo de um tempo

que sempre desejei,

ainda quando criança;

quando nada era pecado

e qualquer amor era puro.

É assim que vejo a poesia:

ela consagra tudo

que é verdadeiramente sentido.

Pensei em como mudei.

Na poesia adquiro uma coragem

que existia em mim

quando não tinha medo de nada,

quando balançava as pernas no ar,

nas alturas,...

sem medo da morte.

(Rita Costa – 09.02.2008 – R. Janeiro/RJ)

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