BORBOLETA

Ah! sou incorrigível.

Mas como me abster

de todas essas matizes,

sons e movimentos?

Não vivo em estado de vigília,

mas nunca deixo de estranhar

essas horas que limitam a vida.

então me permito relances

e não me livro do espanto,

até que fique estabelecido

nas palavras

o sentir dessa linguagem poética,

pois diante dos ensaios líricos

estou me lixando para as regras.

Ah! Saio mesmo do casulo,

sou total devaneio,...

sussurro versos e sorrio.

(Rita Costa – 01.04.08 – R. Janeiro/RJ)