Fruto fagueiro

Neste anil amanhecer
Rego-te fruto fagueiro
Quero ver-te amadurecer
Pra eu te comer inteiro

Figo verde sinal aberto
Digo a senha trás da porta
Pena não te ter por perto
Pra te comer em compota
 
Estalar-te no palato
Desta boca suculenta
Devorar-te inda tenro
Sumo e doçura liberta


~~~*~~~
E o repentista maior colaborou:

Te espremerei na minha boca
fruto fagueiro, adoça minha manhã
me leva aos meus antigos janeiros
lambuza os meus velhos afãs

(zeca repentista)

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A poetisa lusa trouxe uma cantiga:

"Não olhes pra mim, não olhes, 
Qu'eu não sou o teu amor, 
Eu não sou como a figueira 
Que dá fruto sem dar flor..." 
(Tera Sá)

~~~*~~~
Em agradecimento o poeta deixa um beijo:

Ao beijar-te lhe digo
coisas loucas, sem sentido
Sua boca é doce figo
Doce, tenro e amadurecido
[porque figo verde trava a boca, rsrs].

(Edil Franci)
~~~*~~~
 
O poeta convida VEM:
 
Com tal fruta suculenta,
em natura ou em compota,
por isso a poesia sustenta
àquele que com ela se importa.
 
(Vanderleis Maia – VEM)
 
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O professor querido lembrou:

Fura os figos, menino.
Mãe dizia com muita emoção.
Hoje, apaixonado, felino
Furo, oh meu bem,
o teu coração.
 
(Edson Gonçalves Ferreira)
~~~*~~~ 

 

Imagem: vidanatural.fortunecity.com (Figo)

 

 

meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 14/04/2008
Reeditado em 05/03/2010
Código do texto: T945882
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