Não sei bem o que

Às vezes me vem um turbilhão de idéias

eu choro rios de lágrimas

fico de contínuo no mar de infinitas possibilidades

me liberto,me aprisiono.

É uma angústia....o meu ser está fervilhando pensamentos

A liberdade que eu sinto vem da prisão que me alimenta

Neste momento quero chorar, quero sorrir

não sei o que quero.

Há uma briga em mim entre o viver e o morrer

o morrer da escrita,e o viver dela mesma no papel

Acho que os vermes que habitam o meu corpo

ficam,que nem eu,na indecisão:

não sabem se me admiram ou se me roem

E eu me calo, falando apenas no verso e no inverso de mim

livre estou,presa também.Por que?

Porque isso é o meu calo no pé

é o banho de mar que eu tomo

sempre lanço no escuro,na imensidão,na "coroa"

os meus defeitos,o meu sucesso enquanto livre,

a minha solidão.

E tudo aí fica muito maravilhoso,ótimo.

Até que eu me lembro que eu não posso esquecer

de amar o que eu fiz até o fim.

Elié Silva
Enviado por Elié Silva em 17/04/2008
Reeditado em 01/05/2008
Código do texto: T949990
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