Representação do amor na idade da pedra esculpida

Lasco pedra

e parto ao meio

o cio que veio

e agora espera

do amor o casco.

Tasco pedra

no vazio do prato

e dou a comida

mais cabo que rabo

lambendo os cascos.

Masco os fumos

das fêmeas

na língua do frêmito

que evapora no calor

das horas gozosas.

No cume do molde

me vejo em névoa

na ponta da pedra:

escultura ou só barro

quente em orgasmo?

Findo e fundo o afã,

não há respostas

por quê acamados

da fúria até a calma

amantes, cio e pele.