ANJO TORTO

Não vês!
O Buda [shu], o primal ditoso que um mantra e uma prece ergue para céu.
O diáfano sem empáfia é ébano,
o fênix semi-morto
que não enfarda e não enfeza, 
renasce sobre o queijo da vida morfado.

Não sabes? O diácono
moço é anjo torto
sem enfastiar-se do esmero que carrega,  não enferma, não enfea, transcende a sorte do bem-querer ser afim sobre a Terra.

Não crês!
que d'íntimas flores a rosa dum buquê d'aroma tem cores,
tem espinhos.
Que no hábito do pranto,
habita o consolo da dor, vertem lágrimas o choro.

Assim
da vida o tempo donaire se encarrega de
elevar a alma, 
encantar o espírito,
e o corpo ferido eflúvio que se assemelha.

Vêde,
com que sonhei 
só há espaço para o amor.
Donde vim, para onde vou não há rancores, nem desamores. 
Não há inverdades, nem mentiras, tampouco a solidão e a ira do sentir-se o ódio
Lá isso não comporta.

SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 27.04.2008. 
serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 26/04/2008
Reeditado em 02/05/2008
Código do texto: T963357
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