ENERGIA HUMANA
Já começa a esvaziar-se
o depósito preenchido
por ti, anjo-homem, homem-anjo,
de tua energia vital
aqui, dentro de mim.
Por que o medo?
Quero-te e tu me alimentas,
mas corro o risco fatal
de não mais parar
para receber tua energia.
Será que está escrito
o começo do meu fim?
Por que não páro
se sei que preciso?
Retoma teu lugar
e vem complementar
o vazio a formar-se
aqui, dentro de mim.
Ainda que o medo real
em mim persista. Enfim,
foste e és o bálsamo preciso
em minha morada maior.
Teresina, 04 de outubro de 1982.
(Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 68.)
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