O PECADO QUE DESEJO

Sem clarividência, sem presente

Um todo-dia se acumula

Não mais rimo argumentos, nem repente

Tampouco a piedade, que me acolhe crua

Contamino o véu da razão

Sem princípios, sem festim

Tenho o fruto temporão

Morte, vida, vento, fim

Mas se a paz que isso encerra

Porventura fosse minha

Sem lamento ou injúria

Cessaria toda guerra

E a repulsa que tinha

Seria somente luxuria!