CANHÃO DE GUERRA / PONTARIA CERTEIRA
Forte, sadio, de sangue quente
de cheiro gostoso por todos os poros
da entrega total bonita
do fechar dos olhos serenos
do olhar profundo, acolhedor
do jogar-se único e próprio
da nossa reciprocidade sentida
poetizo-te, ó canhão potente de guerra
com passagem de pontaria certeira
e de tuas partículas que não matam
revolvem-me elas, de bálsamos muitos
e me integram de vida latente.
Teresina, 18 de abril de 1983.
(Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 78.)
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