Naufrágio
Naufrágio
No sereno olhar certa lua,
descanso os olhos do caminho.
Estes feitos de desenhos mortos
Sempre me destina a noites trágicas
Finalizo historias... nascem dores.
As dores do recomeço.
Um naufragar da poesia,
em maquiagens de sobrevivência.
E a lua relembrando se faz dor
no interminável passado.
súditos e soberanos , pulam
de galho em galho,
sobre o palco dos dias
oferecendo suas mãos a uma dança frenética
que ecoa no labirinto do tempo.
As vezes sinto amor, e uma corda
me arrasta do fundo da cidade,
o ar fica puro e o sorriso vero.
Após minhas mortes questiono Deus.
E faz-se o fim,
ou o começo.
Na dança frenética dos homens
a lua se torna o portal do infinito
o ar fica puro e o sorriso vero.