Naufrágio

Naufrágio

No sereno olhar certa lua,

descanso os olhos do caminho.

Estes feitos de desenhos mortos

Sempre me destina a noites trágicas

Finalizo historias... nascem dores.

As dores do recomeço.

Um naufragar da poesia,

em maquiagens de sobrevivência.

E a lua relembrando se faz dor

no interminável passado.

súditos e soberanos , pulam

de galho em galho,

sobre o palco dos dias

oferecendo suas mãos a uma dança frenética

que ecoa no labirinto do tempo.

As vezes sinto amor, e uma corda

me arrasta do fundo da cidade,

o ar fica puro e o sorriso vero.

Após minhas mortes questiono Deus.

E faz-se o fim,

ou o começo.

Na dança frenética dos homens

a lua se torna o portal do infinito

o ar fica puro e o sorriso vero.

Camper
Enviado por Camper em 11/01/2006
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T97565