cruzar com poty.
as vezes tô de boresta por aqui,
num ócio sem tamanho e me pego sorrindo pensando em ti,
nessa tua voz safada de diabinha espoletada.
outras vezes, correndo, com o cabelo armado,
penso o que estaria fazendo, o que tem passado
e matuto um meio de cruzar o perímetro urbano,
desbravar o poty e ir bem alí no parque piauí.
tenho estórias anotadas,
além de versos ou letras musicadas
ou cartas endereçadas,
ou mensagens pílulas,
histórias intrínsecas e internadas,
sentidas e disfarçadas,
elas querem te perpetuar
feito pitada de mágica ou condão brujeria,
feito impressão inspiradora da minha poesia,
um pé na bunda da sobriedade,
um tenro virtual assédio da minha pouca meia idade
entonces, doidinha,
penso e rebusco palavras,
tento o discurso concurso,
margeando à beira do barranco desejo
e afundo em preceitos, em conceitos moribundos.
pelejo, respiro e receio
suspiro e toco um tom pedinte:
o enrolado cachear, o quente seio,
o desenfreado sentir de jovens vinte.