Rosa Urbana
Sob o manto azul
Das noites infindáveis
Em qualquer canto da casa;
Em qualquer parte do país;
Em qualquer tempo da história...
Menina, mulher, senhora.
É mãe,
É o amor...
É Maria.
Mulheres de juventudes alteradas;
Vidas envolvidas numa força sobre humana;
Que se doam em qualquer hora;
Que forjam em sangue, em lágrimas,
Outra vida em semanas.
Nunca vi depois de Deus
Morte e vida sem igual,
Como o amor maternal.
Qualquer que seja a dor da alma;
Qualquer que seja a dor do corpo;
Qualquer que seja a dor...
Cala-se, cessa, quando o brado do rebento;
Envolto em seus braços, sai do sonho anônimo.
E vem em concreto ao mundo como a esperança do dia.
Nada poderia ser tão perfeito;
Nada poderia ser tão plural...
Essa obra divinal...
Mãe e filho num quadro eternamente matinal.
Nada poderia ser tão homérico...
Nada poderia ser tão surreal
Para existir de forma divinal...
Mãe essa mulher, essa lida educacional.
Podem inventar as rosas;
Podem sobejamente inventar a cria;
Podem sanar as dores...
Poderão reinventar o mundo,
Mas nunca senhores poderemos substituir as mães.E se assim,
No meio de tanta insanidade... Não houver mães,
Haverá só robores.