Rosa Urbana

Sob o manto azul

Das noites infindáveis

Em qualquer canto da casa;

Em qualquer parte do país;

Em qualquer tempo da história...

Menina, mulher, senhora.

É mãe,

É o amor...

É Maria.

Mulheres de juventudes alteradas;

Vidas envolvidas numa força sobre humana;

Que se doam em qualquer hora;

Que forjam em sangue, em lágrimas,

Outra vida em semanas.

Nunca vi depois de Deus

Morte e vida sem igual,

Como o amor maternal.

Qualquer que seja a dor da alma;

Qualquer que seja a dor do corpo;

Qualquer que seja a dor...

Cala-se, cessa, quando o brado do rebento;

Envolto em seus braços, sai do sonho anônimo.

E vem em concreto ao mundo como a esperança do dia.

Nada poderia ser tão perfeito;

Nada poderia ser tão plural...

Essa obra divinal...

Mãe e filho num quadro eternamente matinal.

Nada poderia ser tão homérico...

Nada poderia ser tão surreal

Para existir de forma divinal...

Mãe essa mulher, essa lida educacional.

Podem inventar as rosas;

Podem sobejamente inventar a cria;

Podem sanar as dores...

Poderão reinventar o mundo,

Mas nunca senhores poderemos substituir as mães.E se assim,

No meio de tanta insanidade... Não houver mães,

Haverá só robores.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 07/05/2008
Código do texto: T979654
Classificação de conteúdo: seguro