MEU GRANDE DESPERTAR PSÍQUICO
Eu, poeta, numa certa época
vi-me desfrutando da paz,
luzes e alegrias nas Correntes do Espaço.
Procurava aquele refúgio
sempre que o meu mundo daqui
estava prestes a desmoronar-se.
Eu, poeta, fugia para encontrar os fulgores
daquele Mundo Luminoso
e fechava os olhos para as inutilidades
da vida ao meu redor.
Hoje, poeta, continuo, porém com outros olhos!
Outra é a minha vida.
Outro é o meu enxergar poético.
Outro é o meu pisar nas lascas
e pedras dos caminhos.
Por detrás de cada fisionomia procuro um sol.
Por detrás de cada gesto procuro o verdadeiro.
A minha busca encontrou o quase fim
das mínimas indagações.
Tenho a impressão de que atingi
o grande despertar psíquico!
Voltei ao chão de todos os meus dias.
Voltei para sentir que sempre estive aqui.
E as viagens ao Espaço Sidéreo...
Ensinaram-me a olhar as Luzes
com os pés fincados no duro chão.