Agora, eu?

Eu?

amei, sofri, chorei

e as trevas onde estava

dissiparam-se,

passou a dor que esmagava.

Passou?

Não.

Nas voltas infinitas

que o mundo dá

encontra alento um coração

que nunca teve medo

de amar.

Qual? O meu?

Talvez!

Na ansia de proteger

a pureza do amor sentido

sabe renunciar, se conter

sem temor, sem perigo.

E aspira transformar

a dor insistente,

em tranquila sensação,

certo de não ser

em vão essa luta.

A felicidade do amor

há de brotar em flor,

na vida daquele

que o faz ouvir

a mais bela canção.

Agora, eu?

Vou fazer feliz alguém

e ser feliz também!!