DESVARIO
Na nudez pálida da noite fria...
Escondida sob os azuis lençóis,
do céu de minha simples poesia...
Aprendo a atar e desatar os nós.
E quando amanhece limpo o dia...
Com sol tímido e sua pura luz,
como que reluzindo na poesia...
Aconchega os sonhos e me seduz.
Seja dia, ou seja noite de lua...
Vou vivendo o meu amor assim.
Se és meu, já pouco me importa.
Vivo imune sem saber se sou tua...
É esta a condição que habita em mim.
Saio só da poesia e fecho a porta.