DESVARIO


Na nudez pálida da noite fria...

Escondida sob os azuis lençóis,

do céu de minha simples poesia...

Aprendo a atar e desatar os nós.

 

E quando amanhece limpo o dia...

Com sol tímido e sua pura luz,

como que reluzindo na poesia...

Aconchega os sonhos e me seduz.

 

Seja dia, ou seja noite de lua...

Vou vivendo o meu amor assim.

Se és meu, já pouco me importa.

 

Vivo imune sem saber se sou tua...

É esta a condição que habita em mim.

Saio só da poesia e fecho a porta.

 

Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 11/05/2008
Reeditado em 12/05/2008
Código do texto: T985612