Beijos aos Bruxos

Beijos aos Bruxos,

que ordenam as partidas,

as derrotas, as conquistas.

Beijos aos Bruxos, que impedem

o impasse, o passe, que me pedem

o ataque, no momento do enlaçe.

Beijos aos Bruxos,

que fabricam perfeição,

que exalam emoção,

que esquentam noites frias,

que acorda a covardia.

Beijos aos Bruxos,

inquietos e selvagens,

sábios, loucos, pensadores,

que imperam a Vontade,

que massacram os cantadores.

Beijos aos Bruxos,

que me rezam ao dormir,

que se entregam sem sentir,

que desfazem dos colares,

emudecem meus olhares.

Beijos ao Bruxos,

que da noite, se faz dia,

com extrema alegria,

do sangue agora escorrido,

que controlam meu destino,

antes mesmo de menino,

cabisbaixo e faminto,

de afeto e de carinho,

de tabaco e vinho tinto.

F. Pinéccio

25/11/2005

00h41m