SOLIDÃO (Primeira parte)

Lamentando e chorando essa agonia

de me sentir sozinho, abandonado,

pela estrada da vida, amargurado,

qual peregrino caminhante eu ia.

Eu da jornada estava tão cansado,

que me sentei, apático e tristonho...

Um vulto, então, chegou, como num sonho

e, em silêncio, sentou-se do meu lado...

Aquela que eu havia procurado,

por mil estradas e por mil caminhos,

descubro, enfim, no vulto ali sentado!...

Da solidão não mais me lamentando,

tomei-lhe as mãos e fomos, bem juntinhos,

pela estrada da vida caminhando!...

Julio Sayão
Enviado por Julio Sayão em 15/01/2006
Reeditado em 25/01/2006
Código do texto: T99077