NÃO DEVIA TER CRIDO...

Quando, em doce sussurro, eu lhe dizia

qu'inda amor, como o meu, ninguém sentira,

você acreditou, mas não devia:

- Era mentira!

Quando afirmei que tudo era verdade

e, sem você, a vida era um tormento,

você pensou haver sinceridade:

- Foi fingimento!

E, quando, finalmente, eu estendia

a minha mão, tremente, sobre o abismo,

na verdade ter crido não devia:

- Era egoísmo!...

Julio Sayão
Enviado por Julio Sayão em 15/01/2006
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