Vozes da Janela
Vozes da Janela
Carregando a cruz de outros nas costas,
E a minha atravessada no peito.
Contento-me com breves sorrisos,
Deixando, futuras paixões, por medo.
Pois aquela que me fazia sorrir,
Agora sorri por outro.
Já não tem mais o que me impedir,
No fundo eu sempre estive morto.
Nunca sentirei a vida de veras.
Sempre como um boneco talhado,
Viverei minha morte como escravo,
Das * Vozes da Janela. *