VIAJANTE
VIAJANTE
Viagens sem malas,
as escaras da alma, fecham-se.
Algemas e cartas de alforria.
Amassado dentro de mim, o que
não houve sobrevive, sobrevoa.
Poucas roupas, livros sagrados,
filhos paridos, e a vida continua...
Bilhetes e afetos, mãos espancando
pessoas concretas, vida efêmera!
Ruídos nesses corredores,
pessoas viajam sem querer, fazem
as malas, partem...renuciam.
Eu preciso acordar distante do
que eu ainda tolero em mim.
LuciAne 20/05/2008
poesia on-line