VIAJANTE

VIAJANTE

Viagens sem malas,

as escaras da alma, fecham-se.

Algemas e cartas de alforria.

Amassado dentro de mim, o que

não houve sobrevive, sobrevoa.

Poucas roupas, livros sagrados,

filhos paridos, e a vida continua...

Bilhetes e afetos, mãos espancando

pessoas concretas, vida efêmera!

Ruídos nesses corredores,

pessoas viajam sem querer, fazem

as malas, partem...renuciam.

Eu preciso acordar distante do

que eu ainda tolero em mim.

LuciAne 20/05/2008

poesia on-line

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 20/05/2008
Código do texto: T997387
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.