MINHA MISSÃO

Até aqui, afirmo que ninguém me leu;

Estou passando despercebido, à sombra dessas caricaturas;

Viu-se tantas de minhas letras, e minha alma ninguém percebeu;

Me lançaram tantas luzes, mas meus dramas permanecem às escuras!

As correntes da minha navegação, são muito diferentes;

Sei que o destino do desavisado navegante, é o desfiladeiro;

Mas o meu nado é desses que desembocam nas nascentes;

Eu sou o mistério sob trancas, que me desnuda por inteiro!

É triste olhar à minha volta, e sempre me sentir sozinho;

É como a ausência de médicos, no leito moribundo;

Talvez meus passos sejam desprezíveis, aos olhos do meu caminho;

Talvez eu seja tão mínimo, a ponto de não merecer o mundo!

Eu olho essas inflamações, e me pergunto se algum dia terei cura;

Talvez por isso o meu pedido de socorro, a quem jamais me escuta;

Suponho que nunca me ouvirão, já que têm por sábia a minha loucura;

Me dando por missão, comandar um destino que todos os dias me insulta!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 28/05/2008
Código do texto: T1009188
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.