GOTAS DE VIDA

Tenho pena do pássaro

Domesticado pela cegueira

Que agora anda devagarinho

Dói saber que seu filhote

Morreu por falta de comida

Esquecido em algum ninho

Contenta-me ver a florzinha

Protegida deste mundo

Por um exercito de espinhos

Dá-me certa ternura

Uma velha coroa de flor

Na cruz encardida do caminho,

No túmulo do recém nascido

Gotas de orvalho ao sol

Brilhavam como dois olhinhos!

Uma lágrima furtiva veio

Sem que tivesse controle

Disfarcei, limpei rapidinho.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 03/06/2008
Reeditado em 08/09/2020
Código do texto: T1017393
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