Estranha Agonia
Q'importa o tempo?
Vil espaço de ilusão progressiva
Respostas insanas falam pela alma.
O que antes costumava me guardar,
Agora parte num brigue jaz amodorrado.
Exausto, o pranto que transborda do céu lívido e borbulhante,
Roreja a minha pele ácida de pecados
Desfaz as ânsias que selei ao soar das nênias a cada outono.
Se vai sem desvanecer do mundo
Q’importa as danças?
Os cantos? A vida?
Cada lembrança reverbera meus temores;
Morre comigo em mais um sonho inaugural
Floresce ameno, porém fulminante.
Decreto vida para estar aqui
Adeus silencioso,
Acaricio pela última vez.