Conversa de primavera
Eu me deliciando aqui, querendo somar estrelas azuis
Daqui a pouco poderei até dormir, inédito desiderato!
Acrdarei radiante, cantando muito, sorrindo melodias!
Que música? A que vier ao vento, meu coração é solto,
cantarei cheia de alegria, espalhando sementes na terra!
Encherei minha sacada de flores juvenis com desordem
se nascerem serão campestres, desiguais, ímpares, belas
e elas nascerão, estou sonhando tanto quanto criança
As crianças são vozes minhas, quero ouvi-las sempre,
estampar suas frases em plaquinhas pelos canteiros!
Que deleite este sonho meu, debaixo da árvore frondosa...
Sob essa sombra deitarei meu vulto ouvindo folhas secas
o coração a respirar aberto e forte, sorvendo garoas!
Abraçarei o vento e o sabor das doces e negras amoras,
o sol em frestas, depois a chuva, depois o sol, o sonho!
Estrelas, vestes de solidão... melodias,sonhos de amanheceres...
flores... crianças que fui, saudades de folhas secas sob osol...
Chuva... sementes a plantar... mundo pra florir, eis um destino
Sorrisos pra regar... férteis movimentos...cuidar de meus jardins...