Nas asas de um anjo

Dizem que não têm sexo

Esses seres que viajam livremente

Pelo imenso espaço,

Mas, terá essa ideia algum nexo,

Se passo a passo

Vejo um vulto feminino omnipresente?!

Envolta na nevralgia

Incontrolável por tanto a buscar;

A essa nuvem celeste fugidia,

Algodão doce, no céu a flutuar...

Desenterrei um tesouro

Para mim de imenso valor,

Não que se recheie de ouro,

Mas nele está um grande amor!

E eu que pensava

Que o mundo material

Era o que mais me entusiasmava...

Errei, estava redondamente enganada;

Necessito do meu anjo celestial;

Da sua silhueta transcendental

Para eternamente viver realizada!

No felpudo da brancura

Das tuas asas aconchegantes

Sinto-te emanar ternura

Em teus abraços flamejantes...

Carrega-me nas asas tuas;

Transporta-me para outra dimensão;

Faz romper as pedras nuas e cruas

Com o punhal da tua paixão!

artescrita
Enviado por artescrita em 11/03/2006
Código do texto: T121795