Balada do Amor de Outrora

Ouço os acordes da música que toca baixinho

E busco na minha alma as recordações,

Suaves e doces de outrora

De um passado recente que sinto tão distante

A balada ecoa e a voz canta e eu lembro-me

Dos teus beijos apaixonados, dos teus suspiros

E de como sentia o meu coração disparar freneticamente

Quandos os nossas mãos se tocavam num infinito entrelace

Junto as pestanas lentamente e vejo,

O mar revolto, a espuma branca, os grãos de areia

Sinto a tua presença ao meu lado, o teu calor

E encosto a cabeça ao ombro da saudade

Saudade do afecto, do sentimento, do amor

De encontrar no fundo do teu olhar o meu

E não o vazio infeliz de agora

Queria antes o outrora que não estilhaçava o meu coração

E a noite vai caindo...

Tu seguindo a tua rotina da qual não faço parte

Eu sentindo a solidão da tua falta

Que dói menos à medida que a cumplicidade se esbate

Volto a fechar as palpebras e finjo

Que tenho o teu abraço pelo tempo que preciso

E não na fugida que antecede a despedida

Sem ser de raspão, como se fosse ilusão

Sinto as tuas mãos tocarem o meu corpo

Percorrendo o caminho da ternura, do desejo

Os beijos desenhados por sorrisos que se espelham nos olhos

A respiração quente e entrecortada de amor

Sonya
Enviado por Sonya em 29/03/2006
Reeditado em 03/07/2006
Código do texto: T130677