Cantiga de ninar
Cantiga de ninar
Durma em paz criança
Durma em sono profundo
Só assim não se cansa
De tantas tristezas do mundo.
Durma em paz pequenino,
Durma em sono inocente
Só assim as armadilhas do destino
Não te envolvem em pranto quente.
Durma em paz alma pura
Durma o sono dos justos
Só assim a amargura
Não virá te pregar sustos.
Durma em paz,
Durma sim,
Talvez sejas capaz
De ser puro até o fim.
Rio de Janeiro, 30 de Novembro de 1987