Nas caladas da noite
Nas caladas das noites frias eu te buscava. No silêncio sombrio das madrugadas te procurava.
Noites de frenesi, nostálgicos crepúsculos que me faziam caminhar pelas alamedas escuras e silenciosas da imaginação.
Onde andarias tu?
Procurava-te, buscava-te como quem busca a si mesmo.
Imaginava-te, anelava-te como se já fosses minha.
Mesmo sem te conhecer, eras minha íntima companhia nas horas de solidão.
Fruto do pensamento? Não!
Desejos do coração? Sim!
Nas caladas da noite frias eu acalentava a esperança de encontrar-te.
No silêncio sombrio das madrugadas meu anseio era por ti.
Noites de arrebatamento, melancolias do ocaso que me faziam percorrer vielas escuras e quietas da ilusão.
Onde andarias tu?
Desejava-te, aspirava-te, procurava-te, buscava-te como quem busca a si mesmo...
...até que eu me encontrei.