Nas caladas da noite

Nas caladas das noites frias eu te buscava. No silêncio sombrio das madrugadas te procurava.

Noites de frenesi, nostálgicos crepúsculos que me faziam caminhar pelas alamedas escuras e silenciosas da imaginação.

Onde andarias tu?

Procurava-te, buscava-te como quem busca a si mesmo.

Imaginava-te, anelava-te como se já fosses minha.

Mesmo sem te conhecer, eras minha íntima companhia nas horas de solidão.

Fruto do pensamento? Não!

Desejos do coração? Sim!

Nas caladas da noite frias eu acalentava a esperança de encontrar-te.

No silêncio sombrio das madrugadas meu anseio era por ti.

Noites de arrebatamento, melancolias do ocaso que me faziam percorrer vielas escuras e quietas da ilusão.

Onde andarias tu?

Desejava-te, aspirava-te, procurava-te, buscava-te como quem busca a si mesmo...

...até que eu me encontrei.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 13/12/2008
Reeditado em 26/02/2015
Código do texto: T1332717
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.