Procelas...

Lobrigando no horizonte o negrume anunciado
Na vidência da tormenta que se aproxima vejo!
As escarpas do instante ,soprar o prenunciado...
Quis a chuva lavar a alma, martirizada em sobejo...

Favônio com dedo enriste deriva trilhar o ético
Ouvindo de a sereia o cantar as brumas de percalços
Em relâmpagos . Arejam viceras do ativar patético
Desfalecendo no tédio visto de meus pés descalços...

Entojos viris na comunhão dos possessivos arcaicos
Pungindo o câncer putrefato pelo mau humor! Torrentes iradas naufragando cimo, rumam passos incertos, no barlavento. Sinais dos tempos lestam sonhando amor ...

Premuni as curvas dos búzios ,tempestade de imergências atrozes, confirmadas nos seixos das runas. Ubíquos tecendo velas do ser ,no baralho cigano a quilha da certeza ancorando tufões algozes. O tarô enforcado aliviando lúcidos  marulhados no sofrer...

“ A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
8/4/2006 

Tela de Rosely Carvalho, óleo sob tela.

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 11/04/2006
Reeditado em 11/04/2006
Código do texto: T137612