Não sei...


Não sei por quanto tempo estarei aqui,
Mas enquanto estiver, quero me fazer existir.
Plantar as sementes de amor, destilar o mais lindo perfume da flor,
Contemplar o mar, o sol, o luar, me doar ao meu verdadeiro amor.

Não sei por quanto tempo ainda poderei ser lembrada,
Mas certamente, um dia, em uma voz embargada,
Serei motivos de risos, de recordação, de lágrimas largadas.

E como um sopro de vento, as secarei,
Por jamais permitir que um dia não existirei,

Estararei por aqui...

Em prosas, em versos, em canção,
Num mágico olhar de criança, no simples aperto de mão.

Não sei por quanto tempo conseguirei sobreviver,
Mas tenho a certeza de querer renascer, a cada estação,
No dia mais sombrio, ou em noite de festa e emoção,

Assim vou curtir...

Todas as fases, as frases, os sonhos, a vida que me resta,
Sem fúria, loucura, com amor e candura,
Tudo na plenitude, no olhar com doçura,
E encontrarei...

A paz tão esperada,
Sabendo que um dia fui amada,
Fui mãe, mulher, filha, amiga,
Amante, amiga, querida e odiada...

E transformo-me apenas...
Em criatura, no berço pleno,
A ser renovada.

Lu Zerbato
Enviado por Lu Zerbato em 01/03/2009
Reeditado em 02/03/2009
Código do texto: T1464286
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