Bonequinha de pano

Bonequinha de pano

Se desfaz em última cena

Cai,desconjuntada no chão,plena

Riso estampado na cara,

Olhos fixos no nada

Se sente desamparada

Mas ninguém pode perceber

Pela sua máscara

Crianças querem adotá-la,

Pais querem comprá-la

Mas o dono do teatro de marionetes não deixa

E continua a explorá-la

Bonequinha de pano tão abandonada

Deveria estar nos braços de alguém que soubesse cuidá-la

Mas por asneira do destino

Está nos de quem não sabe valorizá-la

Há,há,há,que mórbida graça...

Adriana Monteiro
Enviado por Adriana Monteiro em 02/03/2009
Código do texto: T1465020