Lá se vai...

Como as luas que vem e vão, as estações que conto!
Um passar veloz no trotear alazão, pelos trilhos
Dos canaviais segue levantando pó no caminho
Adentrando rastos na temporada desígnios...

Na mudança dos ventos nas palhetas dos moinhos
Ao moverem à água, assim caminha o destino!
Galopando na ventania ,semeando os trigos dourados
No solo das emoções, arando sentimentos...

No olhar embaçado, espreitando aflições do período
Lidado, desnudando as dores carpidas na saudade,
No girar o cosmo, passando sem ter estado. Tropeçando
Nas canas, no solo queimando na lassidão da idade...

... Cinzas movimentadas ao vento, a cada estreito galopado
Um filme que cruza. Lá se vai o sol dormindo, na cama do crepúsculo, sonhando arból mais pulcro, sem brumas e cediços, sem agüentado cisco...

Andamentos cavaqueados as margens do despenhadeiro,
Ao rolar dos seixos queixumes. Assombra dos fardos
Escarpados ciúmes! Copas abaçanadas dos rumos,
Desviando as águas de meus lúgrubes concisos...

Lá se vai... O luar de encontro ao fadário traçado!
A eons, bronzeando-se nos raios do sol que desponta
Alvorada, permeada de cores, tingindo dores maculadas...
No silêncio, um mudo anuncio carpido no nada...


“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak

23/12/2005 


Cariocamente postando para vocês!!! Estou na cidade maravilhosa... Tel: 26223004, Beijos poéticos morrendo do prazer. Deth Haak " A Poetisa dos Ventos"

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 07/05/2006
Reeditado em 07/05/2006
Código do texto: T152033