Caminhando contra o vento
     O Sol batendo no meu rosto
     Apreciava o verde mar, as encostas, as falésias

               O mar batia forte nas rochas
               Embelezando aquele local deserto

     Parei para apreciar aquele espetáculo
     Lembrei-me do pescador
     Que faz do mar a sua fonte de trabalho
     Dos incessatos que o poluem
     Dos cegos que não têm a oportunidade de vê-lo
     Das  morenas faceiras que saltitam em suas ondas
     Dos grandes transatlânticos
     Que parecem flutuar sobre ele
     Com sua magnitude beleza

               Mar! Dos piratas! Das canções de Caymi!
               Tão misterioso, tão belo, tão infinito!

               Continuo caminhando, caminhando...
               O vento começa a soprar mais forte

     Avisto um pescador que sai apressadamente
     De seu barco minúsculo e frágil
     Sorri amavelmente para mim
     Diz frase meio que assustado
     -Vai embora, moça

     Não era pessimismo
     Era a ceteza
     De quem conhece o mar
     E dele sabe todos os mistérios ...           
Vilma Tavares
Enviado por Vilma Tavares em 10/04/2009
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