POEMA DE AGOSTO

Um vento maroto falou-me de agosto
De calor e aconchego que êle me traz
Do cheiro do feno e das laranjeiras
Trazidos de longe em sopro fugaz


Uma vez mais lhe servi de pousada
Forasteiro, o vento , minh´alma invadiu
Na pressa bagagens de agruras e sonhos
Ficaram esquecidas quando êle partiu


Arquivados pra sempre em memória olfativa
Lembranças de cheiros que me fazem bem
Transportam no tempo o homem de hoje
No inquieto menino quando agosto vem