Alma perdida (ou Calma Vendida)

Quando isso acabar

E só me restar o pó

Sei que será tão banal

Nem por isso estarei só

Fiquem bem, não vou além

Do que me foi permitido

Pela luz que acordei

Ainda que ainda não bandido

Mas apontaram as armas

Almas me atormentaram

A balada que tocava

Meus ouvidos suportaram

Quando isso acabar

E só me restar um nó

Apertando a garganta

Me fazendo ver melhor

Fiquem bem, não vou além

Do que me designaram

Se a visão será melhor

É que as peças se encaixaram

Mas as veias já não pedem

Um remédio para o sono

Cedem, medem, interferem

e me roubam o abandono

Quando isso acabar

Já não estarei mais por perto

Estarei, então, no mar

Ou no meio de um deserto.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 06/07/2009
Código do texto: T1685842
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