EFÊMERA BELEZA

A neblina se dispersa

Na fria manhã de inverno,

Lentamente...

E, lentamente... a natureza se desperta.

E as aves multicores,

Pela névoa, embranquecidas,

Ruflam asas orvalhadas

E em seu cântico,

Saúdam o novo dia.

Os galhos desfolhados

Da sua verde roupagem

Enfrentam o frio inverno,

E a rude estiagem.

Mas num suave balanço,

Revelam vitalidade.

A brisa roçando a face;

As mãos ficando mais frias;

Os joelhos genuflexos...

No céu ‘inda toldado,

O medo sucumbe à ousadia.

A matutina orquestra,

Da harmônica sinfonia

De sons que se repetem

Sempre novos, a cada dia,

Ecoa um Novo Cântico:

Esperança, Fé e Poesia...

A neblina se dispersa

Na fria manhã de inverno...

E ecoa-se um Novo Cântico:

Esperança, Fé e Poesia.

E, lentamente... O homem se desperta

Em sua efêmera beleza.

Moses ADAM

Ferraz de Vasconcelos, 1607.2009

Mq.21h15