A HORTELÃ E A RELVA
Tudo o que resta
é o cheiro da hortelã
a se propagar ao vento.
Nossa lembrança se aviva
a cada manhã de sol,
a cada orvalho nas flores.
Como um mar de sentimentos,
somos levados para lá e para cá,
à espera de chegar ao porto seguro.
No fim da trilha, há um farol
a esboçar sua luz extrema
a uma distância limitada.
E a relva se embala
ao doce empenho do vento,
na essência que exala seu interior.
São Paulo, 18 de agosto de 2009.