Vida De Um Verme

E o verme se reergue

Saindo direto do submundo

Deixando para trás

A tristeza do seu mundo

Por querer chegar a amar

Ele tem sua alma perdida

A fim de recuperar

Uma santidade falida

Sem desculpas vem o sangue

Escorrendo de meus olhos

Que encharcam-se de gotas

Melancólicas e escrotas

Por isso deixou de amar

Sendo mais fácil vomitar

Palavras sem sentido

Do que chegar a chorar

Por um amor não correspondido

Ele nunca deixará

Essa vontade que lhe dá

Todas as vidas do mundo

Nada lhe importam

Ele só quer nos devorar

E assim então nos consumir

Deixando de lado apenas os cabelos

Decompondo as entranhas

Para depois partir

Nos deixa literalmente vazios por dentro

Mas esse é o seu tormento

Afinal não consegue ficar ao lado

De quem realmente importa

E não nos deixa em paz

Descansando eternamente

Mas isso não será permanente

É só até acabar

A carne do meu corpo

A carne do seu corpo

Então estaremos bem

No descanço eterno

Num lugar mais que belo

Plague
Enviado por Plague em 24/06/2006
Código do texto: T181296