Vida De Um Verme
E o verme se reergue
Saindo direto do submundo
Deixando para trás
A tristeza do seu mundo
Por querer chegar a amar
Ele tem sua alma perdida
A fim de recuperar
Uma santidade falida
Sem desculpas vem o sangue
Escorrendo de meus olhos
Que encharcam-se de gotas
Melancólicas e escrotas
Por isso deixou de amar
Sendo mais fácil vomitar
Palavras sem sentido
Do que chegar a chorar
Por um amor não correspondido
Ele nunca deixará
Essa vontade que lhe dá
Todas as vidas do mundo
Nada lhe importam
Ele só quer nos devorar
E assim então nos consumir
Deixando de lado apenas os cabelos
Decompondo as entranhas
Para depois partir
Nos deixa literalmente vazios por dentro
Mas esse é o seu tormento
Afinal não consegue ficar ao lado
De quem realmente importa
E não nos deixa em paz
Descansando eternamente
Mas isso não será permanente
É só até acabar
A carne do meu corpo
A carne do seu corpo
Então estaremos bem
No descanço eterno
Num lugar mais que belo