TEIAS E CASTELOS

Abrindo os braços

eu engulo o verbo

eu mastigo a língua

protejo a menina

escondo a mulher

Compondo quadros

eu multiplico as flores

eu reinvento as cores

pra desfazer meu tom

Pintando versos

eu adquiro formas

desequilibro as horas

pra não me perder

Tocando flores

eu teço outros venenos

emaranho e exalo

segredos morenos

para enredar quem vê.

D.V.

26/06/92

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