Chuva...
Vou caminhando nesse dia de chuva,
esperando que passe longe de mim.
Vai chegando mais forte;corro penso fugir.
Mas decidi: vou ficar,não quero me proteger.
Me entrego inteira pra essa chuva que lava,
Que limpa minha alma contida atrás da porta.
Das portas que parti,refleti-sentimentos feridos.
Esta chuva-choro do meu peito que grita.
Chorei dessa água que só do céu não caía.
Dos meus olhos jorravam sentimentos vazios.
Dos laços quebrados do amor que nunca acaba-maságua!
apaga a foqueira da brincadeira gostosa que era.
Que sentimentos são esses que escondia?
Nem podia imaginar que era tudo tão sério.
Parti guardando o amor pra mais tarde -conversar e abraçar.
Mas no abraço do peito não dei do leite do afeto.
Chorei o amor partido no meio do leito molhado.
Que chuva torrente do amor que era quente e agora ,ausente.
Também pega a gente querendo brincar de amar.
Caminhando na chuva vou voltar a sonhar.
Com minha alma lavada abrirei as comportas
do amor vivido entre as portas.
Agora vamos rir e brincar que pra começar
O amor vai voltar.
Quem sai na chuva sai pra se molhar!
(direitos preservados)
lei-9610/1988-art.184