Chuva...

Vou caminhando nesse dia de chuva,

esperando que passe longe de mim.

Vai chegando mais forte;corro penso fugir.

Mas decidi: vou ficar,não quero me proteger.

Me entrego inteira pra essa chuva que lava,

Que limpa minha alma contida atrás da porta.

Das portas que parti,refleti-sentimentos feridos.

Esta chuva-choro do meu peito que grita.

Chorei dessa água que só do céu não caía.

Dos meus olhos jorravam sentimentos vazios.

Dos laços quebrados do amor que nunca acaba-maságua!

apaga a foqueira da brincadeira gostosa que era.

Que sentimentos são esses que escondia?

Nem podia imaginar que era tudo tão sério.

Parti guardando o amor pra mais tarde -conversar e abraçar.

Mas no abraço do peito não dei do leite do afeto.

Chorei o amor partido no meio do leito molhado.

Que chuva torrente do amor que era quente e agora ,ausente.

Também pega a gente querendo brincar de amar.

Caminhando na chuva vou voltar a sonhar.

Com minha alma lavada abrirei as comportas

do amor vivido entre as portas.

Agora vamos rir e brincar que pra começar

O amor vai voltar.

Quem sai na chuva sai pra se molhar!

(direitos preservados)

lei-9610/1988-art.184

Vera Martins Itajaí
Enviado por Vera Martins Itajaí em 30/06/2006
Reeditado em 25/08/2006
Código do texto: T185025