Gritos Apáticos

Quando agente esquece de ouvir

Os gritos de socorro de uma vida

Esquecida ao vento tornando-se

Como era antes e deveria ter sido

Escutada e desejada por quem amasse

Depois de algum tempo há de haver

Uma sensatez esquecida

Nessas nervosas frases repetidas

Faladas para o céu sem ter nem mesmo

Uma resposta que seja para a solidão

Abrir a alma esperando que o sangue jorrasse

Pelo Caminho que nunca mais veria

E sentia-se esquecido pelos sonhos

Não vividos em função de tantos outros desejos

Por amor não reconhecido

Leva-se tempo para aprender que a liberdade

Antes mesmo de pertencer à lua

Era necessária para amar o silêncio

E haver uma maçonaria que consistia

Em privar-se da própria nostalgia

Aí os sonhos vão virando rotina

As vozes já não mais têm força

Os atos vão sendo repetidos um após o outro

Em um ritmo contado a cada dia

Estava brotando a solidão, a apatia

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 30/06/2006
Reeditado em 13/09/2006
Código do texto: T185136